

CAKRA SADHANA
Entre os Ocultistas nos últimos cinquenta anos tem havido uma tentativa em estabelecer uma equivalência entre as Sephiroth da Árvore da Vida e os cakras da cultura tântrica. Se a Árvore da Vida contém tudo em nosso Universo, tanto acima quanto abaixo, deve haver algum lugar nela que os represente. Uma vez que tenha se aceitado que existe uma equivalência entre as Sephiroth e os cakras, logo nasce a indagação acerca da relação entre os vinte e dois Caminhos – os Atus de Tahuti – e as Sephiroth ou zonas de poder. Estes Caminhos, entretanto, foram relacionados às nāḍīs dos ensinamentos tântricos. Nāḍī é um termo sânscrito que significa torrente ou fluxo, quer dizer, aquilo que flui livremente. Este é o nome dado aos canais por onde circula o prāṇa ou energia vital. Eles conectam os cakras e levam energia as diversas partes do corpo psíquico e sua contraparte física. Os cakras são casas de energia e literalmente a palavra significa roda.
Ao elaborar o sistema de iniciação da A∴A∴, Aleister Crowley se debruçou amplamente sobre o Yoga, produzindo pérolas do misticismo thelêmico nas instruções da Ordem. No entanto, parece que ele deu pouca atenção à doutrina dos cakras, deixando a cargo da Ordo Templi Orientis, O.T.O., a produção do material necessário à instrução dos membros. Os primeiros Graus da O.T.O. operam enfaticamente com os ṣaṭ-cakras, mas infelizmente até os dias de hoje estamos a espera que a Ordem nos apresente instruções precisas sobre como manipular e direcionar as energias dos cakras. Até lá, ofereço esse pequeno opúsculo de meditação a comunidade de thelemitas do Brasil.